Mais dois pequenos prédios residenciais cruzam anos, driblam os interesses demolidores do mercado e permanecem firmes e fortes desafiando o tempo.
Ambos ficam nas Graças, na mesma Rua das Pernambucanas. Separados por metros, representam a resistência de um modo de morar mais conectados com a rua, com o bairro, com a cidade.
O verde se situa do lado direito, logo no início da rua. Conta com térreo e mais dois pavimentos. Tem aspecto de casa, com sacadas, jardim e entradas laterais. E, mesmo sem elementos estéticos relevantes, tem beleza discreta.
O segundo fica no lado oposto, já no último quarteirão, pertinho do Capibaribe. Tem térreo e primeiro andar. São blocos cercados de verde, varandas voltadas pra rua, muro e grades baixas. Também “imprimem” um ar de casa às moradias.
São lindos, têm personalidade e destoam do verticalizado bairro das Graças. Entram pra a série dos bravos “Aquarius” que resistem aos cupins do Recife – série inspirada no filme homônimo dirigido por Kléber Mendonça Filho.
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